Farei um resumo da história da minha amiga Margarete:
Nós somos amigas há mais ou menos 7 anos e eu iria postar tudo isso no sábado, mas, a resposta não foi positiva...
Aguardei a semana inteira para me frustrar...
Margarete teve câncer de mama em 2007, isso a levou a uma operação e a retirada da mama esquerda, e por uma cilada da vida, um atropelo das situações ela está se tratando novamente por conta do maldito câncer ter passado para outra mama, que também vai ser retirada ainda este mês.
Todos esses acontecimentos fizeram com que a Margarete fosse se perdendo no tempo, e a tristeza, o amargor de ter uma doença fatídiga, traiçoeira, silenciosa, hipócrita ...deu a ela um ofuscar no brilho dos seus olhos e da sua vida.
Por mais que estejamos ao seu lado, todas sabemos que o calo dói e quem sabe como é ... é quem sente!
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Surgiu uma possibilidade de uma nova esperança, algo que preenchesse seu coração com alegria, e até mesmo começar a ver a vida colorida mais uma vez. . . Uma senhora que mora no terreno do lixão de Duque de Caxias, procurou a filha da Margarete que trabalha num programa de ajuda as crianças que vivem abaixo da linha da miséria, e disse que queria doar seu filho nascido há 15 dias.
Queria fazer isso por não aguentar mais ver mais um filho sofrer com a falta de comida.
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A mulher tem 24 filhos, alguns doados, outros com parentes, 6 com ela, e mora num barraco que se segura com folhas de fórmica, papelão, plástico e pedras para a proteção da chuva e do vento.
Falando assim, até parece que funciona!
A mulher vive de doações e de catar lixo nesta rampa.
A disputa fica por conta de outros catadores, ratos e urubus.
A reciclagem que é feita pelos achados dela, dá apenas para que eles se alimentem de pão, café e quem sabe manteiga ... Isso não acontece todos os dias, é dia sim e muitos dias não!
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Tem 3 crianças que frequentam a escola e ganham merenda, as que ficam em casa não.
A filha da Margarete é Assistente Social, e faz das tripas coração para que algumas vezes, essas crianças possam levar alguma coisa para as outras que ficaram em casa.
Enfim, a mulher disse que daria o menino para adoção, e a Margarete vibrou, sentiu-se maravilhada com tudo, eu me candidatei a ser madrinha e ela aceitou, escolhemos nomes, fizemos planos para o quartinho do bebê e ela já se sentia mãe.
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(Foto do Aterro sanitário do local)A louca da mulher, aquela de 24 filhos ... resolveu que não vai mais doar.
Resolveu que vão passar fome todos eles juntos, porque é o destino.
Eu fiquei indignada, tive vontade de sacudir essa mulher e perguntar se ela tem neurônios... sei que ela não passa de mais uma pessoa a sofrer pelos desenganos da vida...sei disto!
Mas,tive vontade de ir até lá no lixão e mostrar a miséria em que eles vivem e se eu pudesse, pegaria todas as crianças que estão com ela e faria nela a ligadura de trompas ... para que parasse de colocar inocentes no mundo.
Mas, eu não posso fazer nada disso ... porque simplismente existem pessoas que vivem da própria miséria, e ainda conseguem achar lucro nisso.
Afinal ... viver de pena das pessoas ou viver de nada para dizer que perdeu tudo o que nunca teve, deve existir beleza nisso .. eu não vejo!
E agora? Não sei!
Catei os pedaços da minha amiga... torço para que essa louca volte atrás.
O bebê é o incentivo de vida da minha amiga, mesmo que ela venha faltar em vida, tem pessoas na família para amparar o menino, fora a pensão que ficará para ele ...
Eu pensei em postar o final feliz para vocês, que seria o bebê no colo dela.
Queria mostrar a doença (câncer) e a cura (o bebê)!
Agora ela vive preocupada com o menino, mesmo não tendo mais a possibilidade de adoção.
Fiquei tão chateada, que não tive vontade nenhuma de postar os crochês.
Perdoem, eu sei que vocês vão me entender, fiz um resumo para que entendessem mais ou menos do que se trata.
Amanhã é outro dia ... me refaço e vou buscar a luz de Deus, inclusive para segurar a minha amiga também.
Um beijo prá vocês .. meninas do bem ...
